Ao chegarmos em Teresina era quase meia noite. saímos de Boa Vista às 14.30hs, vale salientar. No dia seguinte fomos conhecer o teatro em que nos apresentaríamos. Começaram então as nossas preocupações. O teatro é muito grande, para um público de mais de 500 pessoas, e la tras com dois andares de balcão, que o produtor disse sorriente que estariam lotados. Ora o nosso personagem principal tem menos de trinta centrímetos, qual seria a visão da criança que estaria nos últimos lugares deste imenso teatro?
Outra coisa que ficamos sabendo é que faríamos duas apresentações seguidas uma ás 9hs e outra às 10hs. Tarefa impossível já que o espetáculo tem uma hora de duração e necessitamos de pelo menos 20 min para recolocarmos tudo de volta no lugar. E o pior de tudo: ainda não tínhamos notícias do nosso cenário que havia partido de Boa Vista na segunda pela manhã. Precisaríamos montar o espetáculo na véspera ou não conseguríamos apresentá-lo no dia seguinte.
A primeira providência foi garantir que teríamos 3 microfones sem fio e agendamos ao menos a montagem da luz para este dia para viabilizar a apresentação no dia combinado, caso o cenário chegasse tarde da noite, obrigando-nos a montá-lo muito cedo no dia da apresentação. Felizmente o cenário chegou a tempo e às 18hs nos encaminhamos ao teatro. Para nossa surpresa os técnicos do teatro não estavam e toda afinação teve que ser feita no dia da apresentação, causando um atraso de quase meia hora, devido a não agilidade dos técnicos que não pareciam satisfeitos com o trabalho que realizavam e deixando toda a equipe do Mão Molenga num estado de nervos não condizente com o espetáculo.
O Teatro 4 de Setembro lotou. No dia anterior percebemos a agitação das crianças durante um espetáculo e pensaamos que se aquilo acontecesse durante a apresentação de O Fio Mágico, ninguém entenderia nada! Repetindo a dramática apresentação de Criciúma-SC, em que uma turma de adolescentes, num grande teatro também, resolveram atrapalhar e dispersar quem estava por perto. Foi Mágico mesmo. Todas as seiscentas crianças presentes estavam completamente absorvidas pela história do Gerárd.
A segunda sessão começou muito além das 10hs e que mais nos impressionou foi a quantidade de crianças. Havia duas crianças em cada cadeira em pelo seis das primeiras fileiras. Tudo bem que se preze em levar a cultura e arte para um maior número de crianças, mas é preciso garantir um mínimo de qualidade, conforto e segurança para cada uma delas.
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